AQUELA DORZINHA DA RETROSPECTIVA…
“Às vezes, a dorzinha é uma baita dor. Às vezes, ela é uma cadeira vazia, noutras, é um dedo sem aliança. No geral, ela é amiga da retrospectiva.” Novembro não é um mês fácil, definitivamente. Até chegarem as festas, a gente sente uma dorzinha no peito difícil de fugir. (Porque dezembro é um mês que praticamente não existe. Se em novembro já é natal, dezembro é a ceia completa e a rabanada gelada no dia seguinte) Começa a enxurrada de propagandas de fim de ano, a musiquinha da Globo, a decoração no comércio, e ela está l á: a dorzinha. A gente já pensa em marcar a última cerveja com os amigos, inventa de fazer um amigo oculto com o pessoal do trabalho, parte da família está brigada e então não vai ter nada na casa da avó… É aquele velho conhecido ritual que vai se concretizando. Aí a gente se dá alguns direitos esquisitos e se cobra, igualmente, tarefas de um jeito tão esquisito quanto. “Preciso comprar alguma coisa pra mim” ou “tenho que resolver esse problema antes d