A PERDA

Lidar com a perda é um dos mais
difíceis desafios para o ser humano.

A perda através da morte é uma
experiência extremamente difícil,
mas como tem uma ligação direta
com o conceito de destino,
de algo que sabemos
ser um desígnio que está acima de nós,
buscamos, apesar do sofrimento,
o caminho da aceitação.

A perda através do abandono
ou da rejeição mexe com algo essencial,
que é nossa auto-estima.

De algum modo,
sempre buscamos encontrar uma
justificativa em nós,
como se não tivéssemos sido
suficientemente bons,
não tivéssemos suficientes qualidades
para manter alguém ao nosso lado.

Mudar esta crença
exige de nós a consciência
de que os processos internos que
o outro vivencia
fogem ao nosso controle.

Liberdade e
manutenção da individualidade
são duas qualidades fundamentais
para que um relacionamento dê certo.
Se não houver um compromisso
verdadeiro de ambas as partes para
que isto aconteça,
torna-se difícil estabelecer
algo duradouro.

Quando amamos alguém e
perdemos essa pessoa,
a dor cria em nós uma
espécie de couraça defensiva,
que muitas vezes dificulta
a abertura para
uma nova experiência,
por mais que a desejemos.

A saída é meditarmos permanentemente
sobre o poder curativo do amor,
ou seja,
aquele velho ditado de que
a dor de um amor se supera
com um novo amor, é sim,
muito verdadeiro.

Mas para isso,
é necessário que estejamos
plenamente abertos para
receber esse amor que a
existência nos reserva.
Se não nos permitirmos
aceitar e valorizar
cada manifestação amorosa
que o mundo nos ofereça,
estaremos perdendo a chance
de um renascimento e do reencontro
com a felicidade.

A vida é mágica e os seres humanos,
em sua multiplicidade,
constituem uma de suas maiores riquezas.

Quando estamos abertos
e disponíveis para
deixar que o novo, o inesperado,
aconteça em nossa vida,
o Universo sempre nos responde
de forma inequívoca.

Dar e receber são dois lados de
uma mesma moeda.
Quanto mais amor,
empatia,
afeição e generosidade
doarmos ao mundo,
mais receberemos em troca,
amor e felicidade.

TEXTO: Elisabeth Cavalcante
* * * * *
Texto lido no programa
"Madrugada Viva Liberdade FM"
no quadro
"Momento de Reflexão"
no dia 20 de Maio de 2.009.

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