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Mostrando postagens de junho, 2010

O tamanho da esperança

A esperança tem o tamanho da semente que plantamos no nosso coração. O que nos faz desistir com freqüência de um caminho é a visão longíqua demais do que deve ser percorrido. Só de olhar, já desistimos. Por essa razão não tomamos atitudes, não recomeçamos um estudo, não ousamos algo novo, não nos construímos e nem damos exemplos aos nossos. Não descobrimos lugares novos, não vamos visitar pessoas, não fazemos planos (ou fazemos e deixamos pela metade) e não concretizamos muitas coisas que seriam possíveis e proveitosas. Nos cansamos antes do cansaço chegar. É assim com muitas coisas do dia-a-dia: a esperança abandona seu lugar tão facilmente ao desânimo que no fim das contas não fazemos nada. E um dia olhamos pra trás e nos dizemos que se tivéssemos começado, já teríamos terminado. Talvez, quem sabe, a terra do nosso coração esteja seca demais para fazer brotar a semente da esperança. Ou julgamos que essa semente é pequena demais para produzir algo grande. Que igenuidade da nos

O amanhã não nos pertence

Viver o dia-a-dia é a mais natural e a mais difícil de todas as coisas. Contentar-se do presente, do aqui e do agora exige de nós um grande auto-controle dos sentimentos e emoções. As coisas que nos fizeram vibrar no passado vibram ainda hoje, mas de maneira menos intensa, com gosto de saudosismo. Passou e ficou de forma leve, como as lembranças das férias ou das primeiras batidas incontroláveis do coração. As coisas futuras podem nos alegrar (uma felicidade esperada) ou nos fazer sofrer intensamente, antes mesmo que o esperado chegue, se chegar. Não controlamos o que passou, porque aconteceu e não sabemos voltar atrás e não controlamos o futuro, apesar de tentarmos escolher minuciosamente os bons caminhos. O ontem faz parte definitivamente das nossas vidas, nossa história e nossas entranhas e não podemos negá-lo, mas o amanhã não nos pertence. Ele é apenas uma possibilidade, um sonho ou um pesadelo, uma nuvem que se aproxima mas que pode, com um sopro do vento, ir em outras direçõ

O que te falta

" Existem poucas coisas que nós desejaríamos de forma intensa se nós soubéssemos realmente o que queremos." * La Rochefoucauld * Não se desespere com esse problema que te aflige, antes, sereniza a alma e busca a essência do mesmo, se são dividas que te roubam o sono, o problema pode ser a forma de gastar, enquanto você não aprender a poupar não vai resolver "o como pagar". Se a doença te abala, procure antes mudar a forma de alimentar-se, disciplina e qualidade contra a ansiedade, comer para viver e nunca viver para comer. Dormir bem, e descobrir o que é essencial, ter espaço para trabalhar e divertir-se, equilíbrio é fundamental. Solidão é o mal que te aflige? Descubra como empregar o seu tempo, em ajudar quem menos tem, quem mais precisa, e sendo solidário, encontre motivos para sorrir, para deitar e dormir, sereno e tranqüilo, sem lembrar do vazio, preenchido pela gratidão, de quem recebeu um pouco de pão da tua mão. E assim, a vida quer te recompensar, como

Palco da Vida

Apesar dos anos correrem iguais, os dias se apresentam sempre novos. Novas oportunidades, novos conhecimentos, novas amizades, novos relacionamentos. Só quem se esconde da vida, quem foge dela, pode permanecer parado diante de tantas mudanças. Por isso, não diga que nada acontece. Não espere pelo ônibus que não passa, nem pelo amor que foi e não voltou. Não chore pelo emprego perdido, nem viva mais tão iludido. É tempo de refazer os passos, de recomeçar com novos atos. Estamos diante do palco da vida, e não é preciso decorar nenhum papel, é preciso apenas coragem para sair do lugar, de secar as lágrimas do conformismo, se amar. É tempo de semear outras sementes, de plantar novas árvores. Florir caminhos de pedras, entender o próximo como a ti mesmo, ainda que em queda. É tempo de seguir a sua intuição, aquela que não te deixa esquecer que você é importante e precisa viver: um grande amor, um grande desafio, uma nova esperança a cada dia. Pois o dia que se apresenta é um presente, é opo

Viajamos no mesmo barco

Coisas más não acontecem só a pessoas más. As catástrofes naturais quando chegam não contam, não escolhem, elas saem arrasando tudo o que está pela frente. Compreender o mal, a injustiça, a miséria, as dores, as quase insuportáveis perdas, o desabrigo, a gente não compreende. Não nos ensinaram tal ciência de ter o coração assim tão perfeito e a alma tão aberta. Por isso choramos tanto. E clamamos misericórdia ao Pai. Tomamos consciência da nossa pequenez e dependência de uma força superior e ilimitada e nos curvamos. Os sofrimentos e as dores nos aproximam de Deus e tocam os corações de outras pessoas, que não podem e nem devem ficar indiferentes, por que a verdade é que estamos todos navegando nesse mesmo barco, que ora balança, ora se aquieta, sempre independente da nossa vontade. Mas obstáculos não são pontos finais, nem muros sem saída. Quando se perde tudo, mas que a vida não se perde, é que alguma coisa ainda há pela frente. As coisas que não podemos evitar, vamos recebê-las e a

Vida e pensamento

Corre que o ônibus vai passar, o avião vai sair, o trem já vai partir, a carona já vai, e a vida, ora a vida pode esperar. Corremos tanto que perdemos o encanto pela vida, já não pensamos, criamos uma barreira contra os pensamentos e vamos "passando pela vida" vivendo o que a sociedade capitalista criou como "modo de vida", ora, o fulano tem um IPOD, se ele pode, eu também quero, se ciclano tem celular com câmera, MP3 e gravador, eu também posso, depois a gente resolve pra que serve tudo isso, mas nesse momento eu preciso correr, ter, esquecer. Perdemos a preciosa oportunidade de admirar: a vida, às pessoas, a natureza e nós mesmos. Já não nos espantamos com as nossas capacidades, apenas passamos pela vida, empurrados por sonhos de consumo. Parece que um carro novo é mais importante que a família, o sapato, mais que os pés, a roupa, mais que o corpo, a marca, mais importante que a qualidade. A vida é o bem mais precioso que possuímos, importante demais para passarm

Momento e Hora

"A alegria não está nas coisas: está em nós." :: Goethe :: Não adianta esperar aquele prêmio maravilhoso para se alegrar, afinal de contas, ele pode nem chegar. Não adianta esperar pelo seu "grande amor" para ser feliz, aceite o relacionamento de hoje e faça-o crescer. Não espere a plástica que tanto almeja, ela pode não resolver seus conflitos da alma. Não espere pelos amigos, nem pelos inimigos, antes, marque hora com você, e não atrase. A felicidade é a soma dessas pequenas alegrias, que transformam o nosso dia. Dia que se apresenta puro, simples e renovador. É o novo tempo que se mostra tão revelador. Oportunidades imensas, problemas que se tornam pequenos, diante da sua alegria em descobrir em você, toda a fonte de oportunidades. Valorize-se! Cada gesto, cada ato, seja dado em busca da alegria, que é aquela certeza gostosa de que podemos mais. Mais uns segundos embaixo d'água, mais um dia sem fumar, sem beber, sem reclamar. Mais um pouco de espe

O valor que você dá...

Qual é o valor você está dando para as coisas, pessoas e a si mesmo? Será que não está colocando tempero demais no prato? Não está valorizando o que não tem valor, e deixando de lado o que realmente importa? Será que não está viajando demais no trem bala da ilusão? Não está como a pessoa doente de ciúme que vê tudo ampliado? Vez ou outra nós entramos em um processo de hiper-sensibilidade, e tudo começa a ficar exagerado em nossas atitudes e principalmente no pensamento, fonte de nossas alegrias e frustrações. O depressivo por exemplo, começa a se fechar em mundo que poucos podem "penetrar" porque atribui a si, aos outros e ao mundo um sentido negativo, causando uma apatia, uma falta de energia tão grande que leva a total ausência de sonhos e esperança. Cada um é responsável pela qualidade dos seus pensamentos e cada um reage de uma maneira diferente diante da mesma situação, por isso não podemos acusar a situação ou tal pessoa pelo momento que vivemos. Tudo é fruto da nossa

O que eu posso mudar hoje?

"Hoje é apenas o recomeço de um tempo de ser feliz." Muita gente vai acordar hoje sem vontade de levantar, outras tantas irão sair para o trabalho desanimadas, milhões estarão buscando uma oportunidade, e muita, muita gente se lamentará da vida, esperando dias melhores, confiando na "sorte", tentando um jogo dos sonhos, ou tentando subornar, alguma divindade através de promessas ou pagamentos, e nada vai mudar em suas vidas. Por quê algumas empresas vão crescer, e outras vão falir? Por quê algumas pessoas vão prosperar e outras não? Por quê alguém vai ser muito feliz e outra vai desistir? Problemas espirituais, inveja, incompetência ou karma? Pode ser tudo isso sim, mas a grande maioria é resultado daquilo que pensamos e fazemos de nós mesmos, da energia que depositamos naquilo que vamos fazer, essa é a diferença entre os que vão fazer "a diferença", e aqueles que vão continuar acreditando que, nasceram apenas para sofrer. Mudar qualquer coisa dá trabalho,

NA HORA DE OUVIR ALGUMAS VERDADES

“Tornei-me, por ventura, vosso inimigo por vos dizer a verdade?” * Paulo, Gálatas 4:16 * Caminhamos todos em busca de alguma coisa. Às vezes nem sabemos bem o quê. Muitas vezes confundimos tudo. Outras, determinamos a meta e investimos. Lutamos e avançamos com os olhos fixos no objetivo. Não paramos para ver que ao nosso redor, e, ao mesmo tempo, outras pessoas fazem ou tentam fazer o mesmo. E todos têm os mesmos direitos e as mesmas obrigações perante a vida e a si mesmos. Não importa quem sejam estas pessoas. Observem que nem sempre respeitamos as suas necessidades. Achamos sempre que o que fazemos e o de que necessitamos é mais importante. Com isso, invadimos o espaço alheio. Porém, não permitimos interferências no nosso espaço. Caminhamos alheios a toda e qualquer necessidade do nosso próximo. Às vezes até do mais próximo. Quando a vida ou alguém nos interrompe e nos chama a ouvir as verdades que precisamos ouvir, nos recusamos, nos sentimos invadidos, e até nos consideramos vítima

EU SOU FELIZ !!!

Durante um seminário para casais, perguntaram à esposa: "seu marido lhe faz feliz ?"; "ele lhe faz feliz de verdade ?" Neste momento, o marido levantou seu pescoço, demonstrando segurança. Ele sabia que sua esposa diria que sim, pois ela jamais havia reclamado de algo durante o casamento. Todavia, sua esposa lhe respondeu com um "Não", bem redondo... Não, não me faz feliz". Neste momento, o marido já procurava a porta de saída mais próxima. Não me "faz" feliz. Eu sou feliz". "O fato de eu ser feliz ou não, não depende dele e sim de mim." E continuou dizendo: "Eu sou a única pessoa da qual depende a minha felicidade." Eu determino ser feliz em cada situação e em cada momento da minha vida; pois se a minha felicidade dependesse de alguma pessoa, coisa ou circunstância, sobre a face da terra, eu estaria com sérios problemas. Tudo o que existe nesta vida muda constantemente. O ser humano, as riquezas, meu corpo, o clima

Esquecer para aprender

Fernando Pessoa, o brilhante poeta português, escreveu certa feita: Procuro despir-me do que aprendi. Procuro esquecer-me do modo de lembrar que me ensinaram, e raspar a tinta com que me pintaram os sentidos, desencaixotar minhas emoções verdadeiras, desembrulhar-me, e ser eu. O poeta, na ânsia de entender os porquês da vida, percebia que muito do que nos falam, ensinam, mostram, funciona, aos poucos, como camadas de tintas, a nos encobrir, a nos moldar. Quantas vezes ouvimos nos dizerem: emprego bom é emprego que paga bem, tentando nos convencer que o valor do salário deva ser a preocupação número um na nossa vida profissional. Outras tantas pessoas insistem em afirmar que importante é ter, possuir, gozar a vida naquilo que brilha aos olhos. Há ainda, os que vivem pautados no egoísmo e autocentrismo, cuidando para que tudo, a princípio, seja deles para, em segundo momento, ser para eles, e em um terceiro momento, para os seus, jamais pensando no próximo ou na sociedade. Frente a tanta

A Mariposa e a Estrela

Conta a lenda que uma jovem mariposa de corpo frágil e alma sensível voava ao sabor do vento certa tarde, quando viu uma estrela muito brilhante e se apaixonou. Voltou imediatamente para casa, louca para contar à mãe que havia descoberto o que era o amor, mas a mãe lhe disse friamente: que bobagem! As estrelas não foram feitas para que as mariposas possam voar em torno delas. Procure um poste ou um abajur e se apaixone por algo assim; para isso nós fomos criadas. Decepcionada, a mariposa resolveu simplesmente ignorar o comentário da mãe e permitiu-se ficar de novo alegre com a sua descoberta e pensava: que maravilha poder sonhar! Na noite seguinte, a estrela continuava no mesmo lugar, e ela decidiu que iria subir até o céu, voar em torno daquela luz radiante e demonstrar seu amor. Foi muito difícil ir além da altura com a qual estava acostumada, mas conseguiu subir alguns metros acima do seu vôo normal. Entendeu que, se cada dia progredisse um pouquinho, iria terminar chegando à estrel

Dores e desilusões

Não encontra resposta nas dores que a vida traz? Não entende o sofrimento, nem a desilusão vivida? Não consegue enxergar ensinamento nas dificuldades? É porque o tempo, coador das emoções, ainda não passou tudo o que precisa ser coado, ainda restam em você; impressões, julgamentos, por vezes revolta e ansiedade que cegam a alma, e não nos deixa ver onde erramos. Queremos um caminho único, feito das "nossas certezas", das "nossas conclusões": - o pai deve morrer antes do filho, - o bandido deve morrer antes do bonzinho, - o amor deve ser eterno e meloso para sempre, - o filho deve obedecer aos pais, sempre, - os céus devem atender nossas orações, mesmo que prejudique outras pessoas, - os amigos devem ser sempre fiéis, mesmo quando erramos, isso não importa, - as nossas notas devem ser ótimas, mesmo quando não estudamos, - e por ser "dessa ou aquela religião", deveríamos ser "escolhidos", e viver livres das dores do mundo. Isso sim é viver de ilusã

Aprendendo o perdão

Quem pensa que o perdão não é algo que se aprende, está enganado. O perdão não é como o amor, que vem de uma hora pra outra e se instala. O perdão não é simplesmente uma decisão que se toma. Não. Carregar em si o dom do perdão é aprender a deixar de lado ressentimentos. Taí duas coisas que nunca caminharão juntas: perdão e ressentimento são inimigos mortais e onde um morar o outro não poderá habitar. Primeiro, devemos ter consciência que de perdão todos nós precisamos. A falta de humildade e orgulho demasiados nos impedem de ver que somos necessitados de perdão. É normal e perfeitamente humano ser "imperfeito". E seres imperfeitos magoam, ferem, agem e dizem coisas que atingem outros. Saber reconhecer-se assim tão humano e ter a coragem de assumir é um grande passo na direção do caminho que o grande Mestre deseja pra nós. Chegar para a pessoa de quem precisamos de perdão e transformar esse reconhecimento em palavras é uma atitude bonita. Nem sempre é fácil, pois precisamos de

Renascer

E se hoje eu fizesse um convite para nascer de novo? E se fosse hoje o dia de recomeçar uma nova vida? Não pense que você está velho demais, vivido demais, que é tarde demais. Velho não é quem tem muita idade, mas quem pensa velho, quem não quer mudar, quem se acomoda. Quem pensa que nasceu assim e vai morrer assim. Podemos ser velhos com pouca idade, com a alma enrugada. Às vezes é necessário se despir da velha carcaça e vestir roupa nova. Se dar novas oportunidades. Uma nova chance. Isso pode ser tremendamente dolorido. Porém é um alívio imenso quando conseguimos! Carregamos durante tantos anos nossos conceitos, idéias e preconceitos, que isso se molda ao nosso corpo. E quando precisamos nos liberar, é impossível que uma parte da gente não saia junto, é impossível não doer e não sangrar. Jesus disse que deveríamos nascer de novo. Mas Ele não acrescentou que seria fácil. Nascer de novo não quer dizer voltar a ser pequeno, mas voltar a ter a humildade e simplicidade de uma criança para

Dos dias que deixamos passar

Dos dias que deixamos correr… Quase sempre falamos da alegria da vida, como se a tristeza não existisse, como se a dor fosse sempre passageira, e por vezes, assumimos até a mentira, como se fosse a realidade verdadeira. Não somos preparados para a dura realidade, desde o ventre somos preservados, e até o mais abandonado, encontra sempre um que diz: oh! coitado. E assim seguimos a vida, acreditando no que desejamos acreditar. Quando crianças, a fada dos dentes, o “homem do saco” e Noel com seus presentes. Vamos crescendo cercados de ilusão, deixamos brotar o amor ou ódio, tudo dependendo da ocasião. Ás vezes sem nenhum motivo, vivemos quase que sem razão. Eis que a Vida, sábia professora, nem sempre tão alegre e nem tão sutil, vem com uma dura lição, que nos faz perder o chão, é o amor que nos magoa, a morte que nos leva alguém, a doença que nos incapacita, a fé que não move nem areia, que dirá montanhas. Então sofremos, não cremos. Choramos, não nos consolamos. Lamentamos, não n