Às Mães

Às Mães que apesar das canseiras,
dores e trabalhos,
sorriem e riem, felizes,
com os filhos amados ao peito,
ao colo ou em seu redor;
e às que choram,
doridas e inconsoláveis,
a sua perda física,
ou os vêem “perder-se”
nos perigos inúmeros da
sociedade violenta e desumana
em que vivemos.

Às Mães ainda meninas,
e às menos jovens,
que contra ventos e marés,
ultrapassando dificuldades
de toda a ordem,
têm a valentia de assumir
uma gravidez
- talvez inoportuna e indesejada –
por saberem que a Vida é
sempre um Bem Maior
e um Dom que não se discute e,
muito menos,
quando se trata de um filho seu,
pequeno ser frágil e indefeso
que lhe foi confiado.

Às Mães que souberam
sacrificar uma talvez
brilhante carreira profissional,
para darem prioridade
à maternidade e à
educação dos seus
filhos e às que,
quantas vezes precisamente
por amor aos filhos,
souberam ser firmes e educadoras,
dizendo um “não”
oportuno e salvador a muitos
dos caprichos dos seus
filhos adolescentes.

Às Mães precocemente envelhecidas,
gastas e doentes,
tantas vezes esquecidas
de si mesmas e que hoje se
sentem mais tristes e magoadas,
talvez por não terem um filho
que se lembre delas,
de as abraçar e beijar.

Às Mães solitárias,
paradas no tempo,
não visitadas,
não desejadas,
e hoje abandonadas
num qualquer quarto,
num qualquer lar,
na cidade ou no campo,
e que talvez não tenham hoje,
nem uma pessoa amiga que lhes
leia ao menos uma
carta de um filho.

Também às Mães
que não tendo dado à
luz fisicamente,
são Mães pelo coração
e pelo espírito,
pela generosidade e abnegação,
para tantos que por mil
razões não tiveram outra Mãe...
e finalmente,
também às Mães queridíssimas
que já partiram
deste mundo e que por certo
repousam já num céu
merecido e conquistado a
pulso e sacrifício.

A todas as Mães,
a todas sem excepção,
um Abraço e um Beijo
cheios de simpatia e de ternura!

E Parabéns,
mesmo que ninguém mais
vos felicite!

E Obrigado,
mesmo que ninguém
mais vos agradeça!

Fonte:
APFN - Associação Portuguesa de Famílias Numerosas
Trav. do Possolo, 11, 3º
1350-252 Lisboa
* * * * *
Texto lido no programa
"Madrugada Viva Liberdade FM"
no quadro
"Momento de Reflexão"
no dia 12 de Maio de 2.012.

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