Falando de amor

É muito bonito falar do
amor!
Todo mundo adora.
Acham lindo as pessoas
sofrerem
uns pelos outros,
agüentarem a dor do
sentimento,
chorar por ele, e,
por que não dizer,
se matarem pelo dito cujo.

Ninguém nunca parou pra
pensar na injustiça que é
cometida em tamanha
assossiação.

Quem trata o amor dessa
forma com certeza nunca
amou.
Quem acha que amor é
sofrimento,
tristeza,
dificuldades e desejos
mal resolvidos só pode ser
leigo do assunto.Eu
já escrevi muito sobre amor,
muito antes de conhecê-lo.
Por várias vezes achei que
um
coração batendo mais rápido,
um olhar que nos deixa sem
graça,
uma pessoa que tira nosso
fôlego
à primeira vista fosse
uma manifestação desse
sentimento
tão completo e complexo que
é o amor.

Dizer que
isso
é amor pode ser poético,
mágico,
romântico e muitas
outras coisas,
mas verdade,
nunca!Amor nasce quando cultivado,
e não sem querer,
numa troca de olhares.

O amor pede empenho
e vontade de duas pessoas.
Precisa de tempo,
de convívio,
regado de muito carinho
e compreensão.
Tem seus altos e baixos?

É claro,
como qualquer sentimento
por qualquer pessoa tem.
Mas ele não aparece e muito
menos vai embora por acaso.

Amor faz bem pra pele,
pra saúde,
pra auto-estima,
enfim,
só faz bem!
Ninguém morre de amor!
Talvez morra por falta
dele.Quem já sentiu amor dentro
de si sabe do que estou
falando.
O amor muda nossa
percepção das coisas,
nos evolui.
Entende-se melhor o ser
humano quando se ama.

Seu estado de espírito muda,
a alma sorri.
Ele nos torna praticamente
auto-suficientes,
nos torna completos.
É um alicerce que não se
abala,
algo que só te joga pra
cima,
só traz alegria.

É tão perfeito e bem-feito,
que até quando ele tem que
ir
embora te explica tão bem
que fica fácil aceitar.

Dá uma saudade gostosa que
dura até ele
voltar.Por isso eu peço que,
ao escreverem do amor,
por favor,
vejam bem se não estão
cometendo uma injustiça.

Muitos aproveitam a rima
mais de mão beijada da
língua portuguesa (amor -
dor)
para caluniar um sentimento
que veio ao mundo só pra
fazer o bem.

Mas se realmente acreditar
que amor é tudo isso,
essa mistura de sofrimento,
tesão e angústia que faz
bem e faz mal,
aguarde.
Você ainda vai ver como
se enganou,
como eu já me enganei.

E quem é que nunca
se enganou?

TEXTO: Henrique Fogli
* * * * *
Texto lido no programa
"Madrugada Viva Liberdade FM"
no quadro
"Momento de Reflexão"
no dia 11 de Junho de 2.012.

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