A graça...
A maioria dos seres humanos
tem dificuldade em entender
como age a lei da graça.
Alguns consideram a graça
de Deus um presente que,
por alguma razão,
encontra-se disponível apenas
para poucos privilegiados.
Entretanto,
a graça é algo disponível
para aqueles
que acreditam nela com a
totalidade de seu ser.
Não existe uma regra ou
uma fórmula mágica
para fazer com que se manifeste
em nossa vida.
Ela surge como resultado de
nossas próprias atitudes
e da maneira como
nos relacionamos com o divino.
Não basta pedir a Deus
para que as coisas aconteçam,
precisamos fazer a parte que
nos compete.
Ora, dirão alguns,
eu já fiz tudo o que estava
ao meu alcance
e nem assim alcancei o
que necessitava.
Porém,
fazer a nossa parte nem
sempre significa
apenas agir no aspecto exterior,
existe uma misteriosa lei que rege
a nossa relação com Deus
e que se expressa através da confiança.
É aí, que, acredito,
falhamos na maioria das vezes
no que compete a nós.
A confiança não é uma
palavra vazia,
ela é um sentimento profundo,
uma certeza inabalável de que
a resposta virá,
no seu devido tempo.
O problema é que,
na maior parte das vezes,
desejamos que ela se manifeste
imediatamente,
visto que nossas necessidades,
ditadas pelo ego,
são sempre urgentes.
E quando ela não vem no
prazo que gostaríamos,
passamos a duvidar de que Deus esteja
disposto a nos ajudar.
Em muitos momentos nos sentimos
verdadeiramente preteridos
ou abandonados por Ele,
injustiçados por não
ver respondidas as nossas súplicas.
Seja o que for
que a vida nos reserve,
tem um propósito único:
o de nos ensinar algo,
que nem sempre
conseguimos enxergar.
Se cada
acontecimento contém
em si uma lição,
só nos resta refletir,
sobre o que precisamos aprender
com aquele fato.
E se esse fato se repete
por muito tempo,
talvez seja porque ainda nos
recusamos a perceber
o aprendizado
que precisamos aceitar.
A aceitação é,
sem dúvida,
uma das mais complexas
lições de nossa vida,
mas sem ela dificilmente
conseguiremos estabelecer
as condições necessárias para
receber a graça divina.
TEXTO: Elisabeth Cavalcante
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Texto lido no programa
"Madrugada Viva Liberdade FM"
no quadro
"Momento de Reflexão"
no dia 27 de Setembro de 2.012.
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