Uma Questão de Escolha
O coração anda no
compasso que pode.
Amores não sabem
esperar o dia amanhecer.
O exemplo é simples.
O filho que chora tem a
certeza de que a mãe
velará seu sono.
A vida é pequena,
mas tão grande nestes
espaços que aos
cuidados pertencem.
Joelhos esfolados são
representações das
dores do mundo.
A mãe sabe disso.
O filho, não.
Aprenderá mais tarde,
quando pela força do
tempo que nos leva,
ele precisará cuidar
dos joelhos dos seus
pequenos.
O ciclo da história
nos direciona para que
não nos percamos
das funções.
São as regras da vida.
E o melhor é obedecê-las.
Tenho pensado muito
no valor dos pequenos
gestos e suas repercussões.
Não há mágica que
possa nos salvar do absurdo.
O jeito é descobrir esta
migalha de vida que
sob as realidades insiste
em permanecer.
São exercícios simples...
Retire a poeira de um
móvel e o mundo
ficará mais limpo por
causa de você.
É sensato pensar assim.
Destrua o poder de
uma calúnia,
vedando a boca que tem
ânsia de dizer o que
a cabeça ainda não sabe,
e alguém deixará
de sofrer por
causa de seu silêncio.
Nestas estradas de tantos
rostos desconhecidos
é sempre bom
que deixemos um espaço
reservado para a calma.
Preconceitos são filhos
de nossos olhares apressados.
O melhor é ir devagar.
Que cada um cuide do que vê.
Que cada um cuide do que diz.
A razão é simples:
o Reino de Deus pode
começar ou terminar,
na palavra que que
escolhemos dizer.
É simples...
TEXTO DE: Padre Fábio de Melo
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Texto lido no programa
"Madrugada Viva Liberdade FM"
no quadro
"Momento de Reflexão"
no dia 08 de Maio de 2.014.
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