Nossa liberdade
Mesmo solitários,
não deixamos de ser duas partes,
uma,
deseja ficar em profundo silêncio,
outra quer gritar ao mundo
o desejo de amar.
Mesmo doentes,
não deixamos de ter dois desejos,
um quer a cura imediata,
sair da prostração,
outro quer permanecer
cercado de cuidados,
atenção...
Mesmo perdidos
em nossos devaneios,
não deixamos de desejar
dois destinos,
um quer a glória
passageira da fama,
outro quer apenas a vitória
sobre nossos dramas,
ser feliz no anonimato
do tempo.
Somos assim,
concâvo e convexo,
luz e escuridão em uma
mesma alma,
uma parte que ri de
qualquer coisa,
e outra que chora
por nada.
Contradição e certeza,
amor e desinteresse,
paz e guerra,
desejos e saciedade.
Estranhos personagens
que habitam em nós,
nessa novela
chamada vida.
Por isso,
não se estranhe!
Viva cada momento da
sua vida com intensidade,
lembre-se mais
das coisas boas,
e por favor,
esqueça-se dos maus
momentos.
Aposente as dores,
distraia a ilusão,
faça um trato com o amor,
e ame muito,
e mais do que nunca,
esqueça qualquer rancor,
perdoe todas as ofensas,
toda as pessoas,
as que já fizeram algo que
você não gostou,
e aquelas que
ainda nem erraram.
Seja livre!
Tudo só vale a
pena com a liberdade,
até para dizer que quer
ficar preso ao velho amor,
preso ao velho emprego,
preso ao velho sonho,
preso em você.
Isso é liberdade total!
Essa capacidade de dizer
que se ama e que vale a pena,
"ser feliz é uma doce prisão
da nossa liberdade
de ser simplesmente
o que somos!"
Eu acredito em você
TEXTO DE: Paulo Roberto Gaefke
* * * * *
Texto lido no programa
"Madrugada Viva Liberdade FM"
no quadro
"Momento de Reflexão"
no dia 18 de Junho de 2.014.
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