Somos todos espelhos
Nascemos todos,
certo,
com uma enorme bagagem
genética.
Carregamos em nós traços,
expressões,
modos de ser daqueles
que nos antecederam.
Mas à partir daí,
saímos em busca de
identidade.
Nossos primeiros
espelhos são nossos pais,
a família,
aos quais nos jogamos
de braços abertos,
sem questões.
É a confiança que se
instala desde a mais
pequena idade.
Julgamos que se nossos
pais fazem,
podemos fazer,
pois eles devem saber
o que é bom ou não.
Crianças imitam,
quando ainda não sabem
construir sozinhas.
A linguagem é a maior
prova disso.
Nem todo mundo tem
essa consciência e nem
se dá conta do peso
da responsabilidade
que ela acarreta.
Achamos que a vida
forma as pessoas,
mas nos esquecemos
que somos os primeiros
espelhos nos quais
elas se refletem.
E nós que queremos
o melhor para os nossos filhos,
que sejam bons,
grandes e bem sucedidos na vida,
somos a pedra fundamental
do que eles serão mais tarde.
Nossas atitudes
em relação à família,
nossos valores,
nossa maneira de gerir
os problemas e aprender
a lidar com eles,
tudo isso vai ficando
naqueles pelos quais
somos responsáveis.
É como se fôssemos adiante,
com uma lanterninha,
mostrando o caminho,
que eles seguem,
misturando assim o
que vêem a essa bagagem
que já vêm carregando
e formam assim a própria
personalidade.
Depois,
vêm os amigos,
a escola,
o meio em que se frequenta.
Tudo isso vai espelhando
e formando o eu de cada
um e isso continua vida à fora,
mesmo na idade adulta.
Somos todos pessoas
importantes para outras
pessoas e podemos
influenciá-las positiva
ou negativamente.
Amigos são grandes
espelhos.
Daí a importância de
sermos pessoas boas,
honestas, pacientes,
corajosas,
espelhos nos quais
outros poderão se olhar
e se encontrar.
É preciso refletir sobre isso:
que tipo de espelho estamos
sendo para nossos filhos,
nossos grupos de amigos,
trabalho e sociedade em
que freqüentamos?
Somos do tipo
"faça o que eu digo,
mas não faça o que eu faço?"
Bom é lembrar que muito
mais que de palavras e conselhos,
as pessoas ouvem e
vêm exemplos.
Cristo deveria
ser o maior espelho de
toda a humanidade.
Ele falou sim,
mas muito mais que isso,
viveu, calou,
mostrou, fez.
Nos refletindo nEle,
evitaríamos muitos dos
desastres pelos quais
atravessamos.
Seríamos, assim,
espelhos refletindo o bem,
para o bem daqueles
que amamos.
TEXTO DE: Letícia Thompson
* * * * *
Texto lido no programa
"Madrugada Viva Liberdade FM"
no quadro
"Momento de Reflexão"
no dia 13 de Junho de 2.014.
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