Ainda dá tempo de ser feliz

Quando somos muito jovens, acreditamos que os nossos sonhos e motivações giram em torno daquele tempo e, assim, temos pressa em ser feliz para sentir as emoções que julgamos ser prerrogativas da tal juventude. 

Maduros, percebemos que não existe idade ou prazo para desfrutar a felicidade, mas quando ela chega às últimas décadas da vida, vem com sabor de sabedoria, tem gosto de “melhor pedaço”- aquele que a gente deixa para o fim.

No tempo dos nossos avós, as pessoas envelheciam muito cedo, assumindo um estilo de vida característico dessa “velhice” prematura, manifestada no comportamento, na imagem pessoal e na falta de razão para sonhar. Precocemente, essa geração estava fadada ao conformismo e à acomodação, acreditando haver passado “o seu tempo”, mesmo que lhe restassem muitos anos.

Mas o mundo girou e a vida ganhou fôlego. É certo que hoje, o tempo parece andar a passos mais largos, rápidos e vertiginosos. Mas ao contrário do que se via antes, esse corpo “velho” não tem mais tanta pressa para pendurar as chuteiras.

Ele está se demorando pelas esquinas da vida, saboreando emoções e pouco se importando com a cronologia.

Os ciclos se renovam e as pessoas estão recomeçando aos 40, 50, 60 anos, cheias de vigor e esperança, porque não existe mais tempo para amar, sonhar e ser feliz. E ainda que o nosso corpo esteja cansado e as marcas do tempo adornem a nossa fisionomia, esse encontro de felicidade com sabedoria é uma experiência que não se compara às emoções de quando éramos meros aprendizes da vida, um tempo que a gente não entendia o valor das coisas que, de fato, fazem sentido.

TEXTO DE: Cris Grangeiro
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Texto lido no programa "Madrugada Viva Liberdade FM" no quadro "Momento de Reflexão" no dia 29 de Abril de 2.017.
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