Não se despedace para manter os outros inteiros!
Embora não seja ruim se entregar pelos outros, temos que nos assegurar de que este ato é recíproco e, devemos aprender a não nos sentirmos mal quando não podemos atender às suas necessidades.
Quantas vezes você já se partiu em pedaços pelos outros?
É muito comum, especialmente entre todos. Queremos cumprir de qualquer maneira todas as necessidades dos outros para proporcionar bem-estar e felicidade.
Tudo isso nos dá nobreza, especialmente porque o fazemos por livre-arbítrio e é assim que nós entendemos que é o AMOR o que é AMAR nossos parceiros, filhos ou amigos. E, além disso, nós não esperamos nada em troca.
Você é uma daquelas pessoas que realmente pensa que não merece nada em troca por seus esforços diários? Que tal refletirmos sobre isso?
Quando o nosso coração é quebrado em pedaços pelos outros, caímos em pedaços quase todos os dias, e não percebemos.
Chega um momento em que, quem faz isso ao longo de sua vida, está consciente das graves carências que o seu coração sofre.
Para ter uma ideia do que significa “nos despedaçarmos”, deixemos de lado a parte simbólica para entender ilustrativamente:
Saiba quando a relação com seu parceiro não está boa:
Quando priorizamos mais os desejos do parceiro, amigo, parente ou filhos sobre os nossos. Isso é algo que podemos fazer uma, duas, três vezes, mas o que acontece quando a outra pessoa tem certeza que vamos sempre fazer?
Quando alguém ou algum membro da sua família usa a famosa chantagem emocional ou vitimização para receber ajuda constante, fazer-lhes favores e tarefas.
Quando nos deixamos levar por essas amizades tóxicas, por vezes, acostumadas a contar seus sofrimentos diários sem se preocuparem, em nenhum momento, em saber como estamos ou o que pensamos e sentimos.
Retardar a cada dia o que gostamos de fazer, porque os outros sempre têm precedência.
Você vê que é muito complicado de reconhecer? Porque… Como dizer a nós mesmos que vamos parar de cuidar das outras pessoas para fazer o que nós gostamos? A chave é o equilíbrio.
Se não priorizarmos apenas um dia, mas um mês após outro, vai chegar um momento em que perderemos a nossa identidade. A essência que nos define em nossos gostos, paixões, sonhos e autoestima.
Não se despedace para manter os outros inteiros.
Algumas pessoas têm uma ideia errada do que são os relacionamentos afetivos, incluindo a amizade. Todo relacionamento não é somente uma interação, é uma troca afetiva e satisfatória, onde ambas as partes oferecem afetos, informação e energias por igual.
Qualquer relacionamento que se baseia em uma direção, no “eu dou, eu atendo, eu me importo, eu me ofereço…” acaba ferido e muito carente.
Nós, seres humanos, como seres sociais e emocionais, precisamos ser reconhecidos como pessoas que devem receber todo tipo de atenção e afetos. O reconhecimento nos posiciona no mundo, e isso é algo que precisamos, crianças e adultos.
É o que a psicologia popular entende por síndrome de Wendy, em que uma das partes implicadas deixa de viver pela outra pessoa procurando sua felicidade, deixando de lado a sua própria autoestima.
O direito à reciprocidade: ninguém é egoísta por esperar algo em troca.
A reciprocidade é a base das relações sociais e, como tal, nós devemos praticá-la e, por sua vez, recebê-la.
A reciprocidade é dar e oferecer, é reconhecer e ser reconhecido.
A reciprocidade é ter o direito de dizer “não posso”, “agora não é possível” ou “não desejo fazer,” porque sabemos que a outra pessoa nos entende e entende que nem sempre vamos estar disponíveis e que nós temos necessidades próprias.
Você tem o direito de recusar, de dizer não. E nem por isso você não é uma pessoa má ou egoísta. Ninguém tem o direito de se sentir ofendido, porque não entendem que você também precisa de seu espaço pessoal, onde ser você mesma; se for assim é porque que não levam você em consideração.
Se formos cedendo todos os dias em todos estes aspectos, vai chegar um momento em que nos sentiremos frustradas. A frustração leva à insatisfação e a insatisfação à infelicidade.
No momento em que somos conscientes desta infelicidade, corremos o risco de ter depressão. Se você não tiver esse equilíbrio interior, aquele bem estar que nos dá força e integridade, será muito difícil continuar respeitando os outros continuar oferecendo felicidade.
Lembre-se sempre que para dar o melhor de nós mesmos precisamos estar bem.
E para estar bem, nós precisamos ser reconhecidos como pessoas, que nos respeitem e que nos consideram.
Ninguém é egoísta por si só. Isso se chama integridade, se chama amar a si mesmo, algo que deveríamos cultivar todos os dias de nossas vidas.
TEXTO DE: Autoria não encontrada. Fineza nos informar através do email mensagem@toninholima.com.br
* * * * * * * * * * * * * * *
Texto lido no programa "Madrugada Viva Liberdade FM" no quadro "Momento de Reflexão" no dia 10 de Agosto de 2.017.
* * * * * * * * * * * * * * *
AJUDE-NOS A AJUDAR
Só de clicar nos links de propagandas deste blog você ajuda a Campanha Natal Solidário que promovemos há 23 anos.
Comentários