Desapego faz a vida fluir…

Eu sei que é difícil soltar aquilo que amamos, quando em vez do “aquilo” o apego é a “alguém” desapegar é quase uma missão impossível, concorda?

A gente fica como na música “Evidências” afinal, a vida se resume à: “Quando eu digo que deixei de te amar, é porque te amo, quando eu digo que não quero mais você, é porque eu te quero…” e a gente fica naquela de negar as aparências e disfarçar as evidências.

Pois é, meu bem, não é fácil dar uma de “OLX”. Soltar quem a gente gostaria de prender num abraço e manter em nossa vida é uma das tarefas mais difíceis e dolorosas.

Mas aí vem uma questão: para “soltar” alguém, essa pessoa precisa estar presa e se ela se foi por não querer ficar na nossa vida, ela já está mais do que solta, não é mesmo?

O que a gente tem é a falsa sensação de dominar a situação quando pensa que está prendendo alguém. E eu vou mergulhar um pouco mais fundo nessa questão, lançando o seguinte questionamento: Quem disse que é saudável tentar prender alguém em nossa vida? Esse é o caminho mais rápido para se chegar ao sofrimento. Ninguém é feliz nesse movimento de “caça e caçador”.

A gente precisa mesmo com o coração apertado, entender que o outro tem livre-arbítrio, e ir embora da nossa vida é uma escolha que não deve ter intervenção da nossa parte, até pelo fato de que não há graça alguma pensar que uma pessoa está com você por pena, obrigação ou qualquer outro motivo que não seja amor, vontade própria, prazer.

E pare para pensar se o ser amado, conseguiria ser feliz carregando o fardo de uma prisão sem grades, “engaiolado” em um relacionamento.

Desapego é liberdade e só quem é livre consegue zarpar do passado, rumo a novos momentos.

Deixe o passado morar no lugar dele, que é onde fica tudo o que já foi. O passado é para ser relembrado e não revisitado, a bússola da nossa vida aponta para o futuro e a gente precisa respeitar esse movimento.

Por mais que a gente queira, as histórias jamais seriam revividas exatamente como foram, simplesmente porque a vida é impermanente, você não é mais o mesmo de quando viveu aquilo tudo, nem as pessoas que viveram com você, até o universo mudou, nada é como antes. A ele devemos gratidão pelas lições e pelas alegrias vividas. Somente.

Abra todos os dias o seu presente. Aquele que dura 24 horas. Aquele no qual tudo pode acontecer.

Há pessoas que vêm apenas para cumprir sua missão em nossas vidas e vai logo, outras só a morte vai separar, mas em todos os casos, é preciso deixar a vida fluir. Viver novas histórias com “velhas” pessoas que vieram para ficar, abrir-se para novas aventuras com “novas” pessoas e aceitar a partida de quem já exerceu seu papel.

É preciso deixar a vida fluir para viver as novidades, as surpresas que ela tem reservado.

Ficar apegado a pessoas e situações, não é paralisar a vida, é regredi-la, porque nosso movimento deve acompanhar o do universo, ou seja, mudar constantemente.

A gente pode até parar, mas o mundo não vai parar junto com a gente, logo perderemos a conexão com as pessoas e acontecimentos ao nosso redor. Desalinhando toda nossa vida.

O que a vida exige é que nos permitamos mudar, conhecer pessoas diferentes, aprender coisas novas, ir a lugares que nunca visitamos antes.

Soltar as mãos para receber o novo, fluir junto  com o universo, ter fé de que no tempo certo Deus se encarrega de trazer e levar o necessário. Só aceite essa impermanência e deixe fluir. Coisas incríveis estão logo depois da curva e você só vai encontrá-las se sair de onde está. Flua e deixe fluir.

TEXTO DE: Giselle Ribeiro
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Texto lido no programa "Madrugada Viva Liberdade FM" no quadro "Momento de Reflexão" no dia 05 de Maio de 2.018.
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