Observe o valor daquilo que você recebe, esqueça o preço

Preste atenção ao que você considera valoroso vindo de uma pessoa, nem todos têm essa consciência, mas vale a pena pensar a respeito.

É muito comum considerarmos o valor comercial como baliza para avaliarmos como valioso ou insignificante aquilo que recebemos de alguém, nos mais variados contextos.

Não paramos para pensar que aquele lençol de chita que aquela tia do interior forra a cama para nos receber é a melhor roupa de cama dela, ela guarda justamente para as ocasiões especiais. Diferente daquela pessoa que o recebe com roupas de cama sofisticadas, pois isso é algo feito de forma automática, ela tem tudo do bom e do melhor em termos de conforto material.

É comum uma mulher se impressionar com aquela joia cara que recebe de um namorado, e talvez faça pouco caso da bijuteria que recebe de um outro parceiro, num outro momento de sua vida.

Para o primeiro, o valor pago talvez nem tenha feito cócegas no bolso, enquanto que para o segundo, talvez, ele tenha se sacrificado para adquirir aquele presente para a amada.

O que é pouco para uns, simbolizam uma fortuna para outros, e vice-versa. Precisamos enxergar com os olhos do coração para não cometermos ingratidão, tampouco nos iludirmos. Se não prestarmos atenção, corremos o risco de tratarmos de qualquer jeito a real riqueza que recebemos de uma pessoa, como podemos valorizar em demasia aquilo que recebemos em forma de migalha, considerando que a pessoa nos deu porque estava sobrando, ocupando espaço na vida dela, mesmo sendo algo relativamente caro considerando a nossa condição econômica.

É necessário olhar além do preço, é fundamental olhar o real valor daquilo que recebemos. Precisamos enxergar todo o empenho daquela pessoa em nos agradar, doando o melhor dela, conseguindo dinheiro com sacrifício, doando o tempo, se desdobrando para tentar adivinhar o que vai fazer os nossos olhos brilharem.

Tudo é precioso e raro quando existe sentimento envolvido, até mesmo uma pipoca que seu namorado lhe oferece numa praça, pode ser que ele recolha as últimas moedas do bolso para isso e você nem se dá conta.

Existem tantas riquezas tratadas como lixo por esse mundo afora, em especial no âmbito das relações amorosas. Existe muita gente confundindo consumismo com amor e, com a visão completamente fechada ao que existe em forma de riqueza nas ações que não são caras aos olhos da nossa sociedade capitalista, mas que são recheadas de amor e afeto verdadeiro. Você pode achar piegas, tudo bem, mas é real.

Não, eu não estou fazendo apologia à pobreza, nem estou generalizando nada. Apenas penso e sinto que nem sempre nos damos conta do real valor daquilo que os outros fazem por nós.

Isso se aplica aos mais variados vínculos relacionais. Eu tenho um tesouro que ganhei no meu último aniversário, que embora eu não saiba o valor, suponho que não passe de 30 Reais, uma xícara com a foto dos meus dois cachorros (Kriptu e Duque) que já morreram, um presente eterno para mim.

Talvez, aquilo que você não deu o devido valor, custou uma verdadeira fortuna à pessoa que te deu, talvez foi o maior sacrifício que ela fez por alguém, e fez por amor, fez com a alma.

Valor e preço não são sinônimos, nem sempre.

TEXTO DE: Ivonete Rosa
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Texto lido no programa "Madrugada Viva Liberdade FM" no quadro "Momento de Reflexão" no dia 21 de Janeiro de 2.019.
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TONINHO LIMA
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