Chega um momento na vida em que entendemos tudo o que vivemos e só agradecemos a Deus.

E, de repente, entendemos cada “caldo” que a onda nos deu, e agradecemos por isso, com a certeza de que Deus tem muitas formas de nos ensinar a nadar!

E, como magia, tudo o que faltava começa a chegar, devagarinho, sem pressa, com aquela calma que têm todas as coisas boas pelas quais valeu a pena esperar, com aquela serenidade, como realmente deve ser, quando temos a certeza do merecimento por ter resistido firme até o fim.

No fundo, nós sentimos quando já não é qualquer coisa que vai dar um rumo à nossa vida, nem qualquer sentimento insensível, daqueles de que só nos damos conta de que pulamos no barco errado quanto estamos remando sozinhas, no meio da tormenta, que vai nos fazer ficar.

No fundo, nós sabemos que a única coisa que nos faz ter a certeza de estar no porto seguro não é o barco ancorado em terra firme, mas sim o fato de podermos navegar e saber que há alguém para nos ajudar a remar na hora da fúria das águas, pois é na tempestade que vemos quem permanece conosco, no barco, até o fim.

No fundo, nós sentimos que não é qualquer meio-beijo que nos faz amar a ponto de ficar e que metades não são suficientes – ou se está junto, de corpo e alma, ou não se está, pelo menos ao meu lado.

Chega uma hora em que precisamos de outras coisas para topar fechar os olhos e confiar em pular no mar agitado por alguém sem saber se estamos pulando no raso e vamos quebrar a cara.

Chega um momento em que precisamos que o céu signifique mais do que um azul infinito e que nos surpreenda com suas cores e matizes infinitos.

Basta! Chega uma hora em que o coração quer paz, quer sossego, porque já está cansado de falsa adrenalina.

Então, ele se aquieta, porque aprendeu que sentimento tem de ser correspondido, e que sentimento bom é aquele que lhe faz bem, e ele para de lamentar pelas pessoas que se foram quando mais precisou, porque entende o que é a tal reciprocidade, e aprende a não aceitar menos do que merece, e fica tranquilo, pois já sabe que quem permanece conosco não o faz por obrigação, e sim por sincronicidade.

E,finalmente, nós aprendemos que temos de fazer a nossa parte, mas não podemos obrigar ninguém a fazer o que não quer.

Perdemos muito tempo querendo caber em espaços que não são nossos, forçar nossa presença com quem não faz a menor questão da nossa companhia, enfim, perdemos muito tempo com medo de mergulhar em mares mais profundos por nos acomodarmos com sentimentos rasos.

Mas chega uma hora que nós nos cansamos de nos afogar nas nossas próprias expectativas e só aí damos conta de que o rumo fica muito mais tranquilo quando sabemos que o navio só estava nos aguardando assumir o leme, ajustar as velas e usar o vento contrário a nosso favor.

TEXTO DE: Glaucia Mello

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Texto lido no programa "Madrugada Viva Liberdade FM" no quadro "Momento de Reflexão" no dia 23 de Outubro de 2.019.
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TONINHO LIMA
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